Mostrando postagens com marcador forró. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador forró. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de junho de 2011

[Conversa de balcão] Minha teoria sobre o Forró (Parte 2)



(Parte 1)



Senhores fregueses,
                Precisamos continuar a nossa conversa, pois, dois dias se passaram e a curiosidade é tamanha que já estamos ouvindo gritos de protestos.
                Bem, vamos lá... Onde estávamos?
Ah, sim! Estávamos falando sobre a invasão muçulmana na península ibérica. E, eu acho que vocês estão um pouco curiosos em saber por que fui tão longe, visto que ninguém fala do forró de tão longe assim, mas, aqui na Nossa Mercearia, agente busca o assunto “pela raiz”.
                Vamos lá! Os habitantes remanescentes da península foram se abrigar bem ao norte, nas montanhas das Astúrias. Depois de muitos anos e muitas guerras, houve o que chamam de “guerra de reconquista”, quando os muçulmanos foram “expulsos”.
                Agora a história vai começar a se desenrolar. Portugal já existia, mas era integrante e dependente da Espanha, mas, quando da guerra, e isso já era lá pelos idos de 1091, Henrique de Borgonha, um francês, herdeiro borguinhão, o terceiro em linha sucessória na família, não tinha muita chance de crescer na vida alcançando títulos por herança (teria que matar seus dois irmãos mais velhos).  Por conta disso, ele, sabendo da guerra, se mandou pra lá.
                Ajudou o Rei Afonso IV de Leão e Castela, e, seu premio foi o condado portucalense e a filha ilegítima do rei, Tereza de Leão, que tinha 13 anos.
                Certo, vamos lá! Daremos um pulo no tempo, porque isso é mil e pouquinho e, o Brasil é “descoberto” menos de quinhentos anos depois. O que acontece é que quem veio para cá, tinha ainda uma grande carga cultural árabe, musica, literatura, comidas.
                Agora umas perguntas: em qual região o Brasil foi descoberto? No período de colonização, em qual região os habitantes nativos foram dizimados com mais brutalidade, apagando assim a sua cultura?
                Então, Cabral e sua trupe chegam, trazendo na cultura portuguesa uma grande carga de cultura árabe, entre outras.



                Dá pra perceber facilmente que a música é um dos pilares mais fortes de qualquer cultura.
Uma característica da música árabe é o uso da voz, tirando partido das suas potencialidades. Por este motivo, alimenta-se não tanto da utilização de partituras, mas, acima de tudo, da improvisação.
IMPROVISAÇÃO, aí está uma palavra chave, vocês já ouviram uma das figuras mais interessantes da cultura nordestina, O REPENTISTA?






Bem, acho que devemos dar uma paradinha por aqui. Empolguei-me bastante, e tem um monte de cliente esperando aqui no balcão. Não posso deixar meus fregueses esperando. Amanha agente continua. Qualquer dúvida mandem comentários.

Agradecemos a preferência!
A DIREÇÃO!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

[Conversa de balcão] Minha teoria sobre o Forró (Parte 1)





Pronto, depois de ficar um dia inteiro só pensando o que dá uma boa postagem aqui, no mural da Mercearia, ver os tapetes de Corpus Christi me ajudou, ouvir Nanin e seu trio no Forró à noite também, a escrever sobre as influencias que temos no bom e velho FORRÓ.

Bem, sou novo nessa de escrever em Blog e a Carol Caran, do Blog Maggníficas me disse que o legal é dividir as tais postagens em pedaços. Pois então, começa hoje a série Forró, na sessão [Conversa de Balcão].
Em minha TEORIA, as influencias do Forró vem de longe e de muito tempo. Vem da invasão muçulmana na Península Ibérica.
Isso se deu em meados de 711 depois de Cristo e era chamado também de conquista árabe ou muçulmana.
                Foi nesse ano que um cara arretado, chamado Tárique, junto com o seu exercito, atravessou o mar mediterrâneo, ali perto do estreito de Gibraltar, entraram na Península Ibérica que na época era governada por Rodrigo, e, durante quase oitocentos anos, plantaram sua cultura, musica, comida, onde em sua língua era chamado de Al-Andalus.
                Esse Tárique, que seu nome árabe é Tarik Ibn-Ziyad, muito do esperto, era parceiro, coligado, amiguinho, partidário do Ágila II, que disputava “eleição” com o Rodrigo, e havia anos atrás o apoiado, Ágila, porém, perdeu pra Rodrigo.
                Mas na época das “Campanhas Eleitorais”, Ágila lhe abrira as portas da Península, incitando uma incursão, pois, desde o século IV os judeus eram perseguidos lá e, segundo as leis islâmicas, é obrigação do muçulmano, proteger os adeptos do “livro” (Judeus e Cristãos). 
                Tá meio estranha essa história, mas, ainda vou chegar onde preciso e vocês vão entender porque vim tão longe. Só pra lembrar que a essa época, Portugal ainda não existia.
Acho que tá bom pra começar né?!

Agradecemos a preferência!
A DIREÇÃO!
Web Analytics